quinta-feira, 5 de maio de 2011

Will & Kate: a realidade de um casamento



O colunista não foi...
 Uma das informações mais curiosas de toda a gigantesca cobertura do casamento de William e Catherine foi pouco explorada pela maioria dos que escreveram sobre o assunto.
O fato foi o seguinte: quando a notícia de que William iria cursar História da Arte na universidade de Saint Andrews se espalhou pela Inglaterra, a diretoria de admissão da faculdade percebeu um aumento anormal de inscrições para o mesmo curso e para a universidade como um todo. Além disso, quase a totalidade destas inscrições adicionais eram de mulheres.
Uma curiosidade e tanto, até porque quem estava dentro deste grupo de novas alunas era justamente Catherine Middleton.
Afinal de contas, o que significa isso realmente? Um monte de meninas se inscrevendo na mesma universidade que o jovem William? Estamos falando em uma loteria pelo trono? Um bingo para o cargo de Cinderela? É assim que funciona?
Catherine Elizabeth Middleton, neste caso, ganhou a mega-sena acumulada do século! E toda essa movimentação define um pouco a personalidade de Catherine, assim como suas intenções.
Alguns acreditam que, por ser de família rica - seus pais são prósperos empresários, Kate não precisaria dar esse Golpe do Baú. Mas quem está falando em Baú? Algo muito maior está em jogo neste casamento. Quantas meninas ainda podem sonhar, em pleno Século XXI, com uma coroa de rainha?!

O peito e o príncipe
O santo do colunista não cruza muito com o de Catherine. Algo nela parece falso, calculado, fora de ordem. Um caso que talvez ilustre essa desavença astral foi a curiosa separação do casal depois que Kate viu a foto de William apalpando os seios de uma brasileira. Isso mesmo, nobilíssimo leitor, de uma brasileira!
Uma estranha história. Primeiro por que William, boboca como o pai, não é disso (se fosse seu irmão Harry...). Segundo que o verbo apalpar não inspirava lá grandes aventuras...
Clique na foto para ampliar
Com uma breve pesquisa na rede descobre-se que na verdade a tal apalpada foi apenas um erro de cálculo de um grandote William (tem 1,85m de altura) em uma pequenina brasileira chamada Ana Laíse Ferreira, que insistentemente pedia ao filho de Charles e Diana para tirar uma foto com ela já que ambos se encontravam na mesma boate londrina. Ao abraçá-la, seu braço foi além do que deveria, nada mais do que isso. 
A pernambucana Ana Laíse, na época com 18 anos (o fato aconteceu em 2007), negou que tenha tido os seios apalpados por William, “Ele nem colocou a mão no meu peito direito”, declarou a imprensa quase com tristeza... Mas o fato é que existe muito mais por trás desta notícia fabricada, em um mundo, esse das realezas, de tantos contos de fada.
No dia seguinte da festinha, Ana Laíse estava ao telefone com Jamie Pyatt, editor do tablóide sensacionalista The Sun, para tentar vender a foto. E de fato vendeu por uma soma nunca divulgada (fotos semelhantes já chegaram a R$450 mil). O The Sun pagou e publicou com uma manchete maliciosa, “Ele agarra um peito... Não contem para Kate”, seguido da ressalva: EXCLUSIVO!
O próprio Pyatt se entregou ao declarar em uma reportagem para o jornal O Globo que não achava nada demais: “Sinceramente, não acredito que ele tenha tido maldade, mas acho que vai ter que se explicar muito para a namorada dele”, disse o jornalista sem nenhum pudor.
E a namorada em questão já era Catherine Middleton. Kate caiu na cilada, rompendo, burocraticamente, o namoro.
Então o colunista que saber, como pode um amor sucumbir a tão descarada manipulação dos fatos? Ainda mais vindo de um veículo patético como o The Sun? Estranho esse país Inglaterra...


O anel azul
O anel original está avaliado em R$80 mil
Falando em fotos, desde o anúncio do noivado que o colunista está intrigado com o tal anel azul usado por Catherine na ocasião da apresentação dos noivos à imprensa.
A sensação era de que a pose de Catherine tinha sido milimetricamente pensada para dar destaque somente ao anel. A mão posicionada na altura certa, espalmada sobre o antebraço de William para permitir a melhor visibilidade.
O anel, feito de uma pedra de safira azul e diamantes, que pertenceu a Diana, virou uma mania mundial. Sim, era muito bonito, igual a muitos anéis refinados que estão por ai, mas por estar na mão da mais nova celebridade, simplesmente virou sonho de consumo planetário e passou a ser desavergonhadamente falsificado em fábricas chinesas para distribuição internacional. Da famosa 25 de Março, rua de pechinchas paulistana, à centenas de páginas na internet, o anel era oferecido com apelos do tipo: “Seja uma princesa com este anel! Idêntico ao da princesa! Frete grátis!”.
Quando passamos a dar mais atenção ao objeto do que ao sentimento, algo está gravemente fora de eixo, e não é o planeta.

Herdeiro do herdeiro do herdeiro?
Outro fato curioso foi a distância entre o anúncio do noivado e o casamento propriamente dito, cerca de cinco meses. Dessa vez coube a Star, uma revista de celebridades londrina, dar o suposto furo: Kate Middleton estaria grávida.
Ninguém levou a sério a informação. Não faria muito sentido já que se Catherine estivesse realmente grávida no anúncio do noivado, agora certamente já não estaria conseguindo esconder a barriga, principalmente em uma figura magra e com poucas curvas como ela.

E se estivesse grávida, qual seria o problema em pleno Século XXI? Em uma monarquia tão marcada por escândalos e desvios, uma noiva grávida não seria nada demais. Mas monarquia é isso, burocráticos, formais, e sem emoção.
(O cancelamento da Lua-de-mel fez quem não acreditou na manchete do Star pensar duas vezes...)

Um sujeito oculto
Não sei nada sobre Charles. Sempre o achei comedido demais, comportado demais, sempre na sombra, como que aguardando autorização da mãe para falar.
Diana sim, ao conseguir se libertar mostrou quem era. Engajada, ativa, com pensamento próprio. Curiosamente essa mesma Diana casou-se virgem aos 19 anos em plenos anos 80.
Há uma história curiosa neste outro casamento real A atual esposa de Charles chama-se Camila Parker Bowles. Camila foi uma das primeiras namoradinhas de Charles, além de fazer parte do círculo íntimo de amizades do Palácio de Buckingham. Dizem que foi Camila quem ajudou Charles a escolher Diana como noiva.
Charles e Camila se chamavam intimamente pelos nomes de Gladys e Fred. Dez dias antes do seu casamento, Diana foi filmada em um aeroporto chorando. Dizem que teria encontrado um bracelete embrulhado para presente com as iniciais G & F, o que a levou a perguntar à Charles se ainda estaria apaixonado por Camila.
O casamento de Charles e Diana sempre foi uma fachada. Talvez Camila, se achando pouco merecedora de transferir seus genes à linhagem real britânica, tenha ajudado Charles a escolher uma moça bonitinha, comportada e obediente para cumprir esse papel. Camila aguardaria sua hora.
Charles também recebeu orientações escritas de seu tio Louis Montbatten, que em uma carta teria dito: “Em um caso como o seu, o homem deve semear sua veia selvagem e ter o maior número possível de parceiras antes de serenar, mas para uma esposa ele deve escolher uma que seja adequada, atraente, e de caráter doce. A escolha deve ser antes que ela conheça alguém por quem se apaixone”.
Há que se entender, no final das contas, que um casamento real não é sobre amor e sim sobre gerar herdeiros, mesmo a monarquia sendo algo em franca extinção (allez!).
Diana resistiu 10 anos. O casamento se desfez em 1992 e seguiu-se uma briga para que ela continuasse com o título de Sua Alteza Real. Terminou apenas como Princesa de Gales. Dizem que William teria prometido restaurar o título quando se tornasse Rei. Kate ter usado o anel que pertenceu a Diana é um claro indicador de que isso irá acontecer em breve, visto que é muito provável que Charles, pouco afeito aos holofotes, entregue o trono a William.

O fim das contas
É curioso como nos apegamos aos fatos e aos números sem nem ao menos nos darmos o trabalho de questioná-los, confrontá-los ou ao menos fazer as contas.
Se alguém falar que o casamento será assistido por 2 bilhões de pessoas, simplesmente o número passa a valer sem qualquer estudo ou medição que lhe conceda legitimidade. Ninguém vai contar mesmo...
Mas o mais interessante neste episódio é perceber como temos deixado nosso interesse e atenção serem manipulados. Quem está decidindo por nós o que é importante, o que deve ser visto, o que deve ser falado, comentado, adorado e, acima de tudo, celebrado?
Em terra de cego, rei morto é rei posto.






KF

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